Não quero mais brisas soltas que provocam tempestades em mim
Quero respiração tetê-a-tetê que me conforta serena
Quero sopro que me acende obscena
Quero ventania. Intensa. Que atiça amor em mim
Tenho saudade das propostas sutis
Do nhoque da nona que você nunca fez pra mim
Do arroz nepalês com caminhão de tempero
Da volta de bicicleta com pneu cheio
Queria desapaixonar com a mesma facilidade que me apaixono
Com um ou dois dias de sofrência e pronto
Mas sou fogo rasteiro que queima lento
E fico em braseio
Tô cansada de fim antes do começo
Sem meios.
Com cinzas.
E fim.
Um comentário:
Muito bom!
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